quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Depressão, alcoolismo e esquizofrenia podem levar ao suicídio

Em setembro é celebrado o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio. A data, instituída pela Organização Mundial de Saúde, visa a alertar para dados alarmantes de que cerca de um milhão de pessoas se matam todos os anos no mundo. No Brasil, há 26 casos de suicídio por dia. De acordo com a entidade, a taxa de suicídio entre adolescentes e jovens aumentou 30% nos últimos 25 anos.

O psiquiatra José Manoel Bertolote afirma que este é um tema que deve ser discutido a fim de que hajam ações efetivas de prevenção por parte da sociedade. “O suicídio é uma das três primeiras causas de morte, sobretudo de jovens, em todo o mundo. E o panorama nacional mostra que, além de o suicídio ser predominante em jovens no Brasil, há um aumento brutal nos últimos 15 a 20 anos. Por isso, a importância do Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio começa por alertar para esses fatos”, frisa.

Transtornos mentais como depressão, alcoolismo e esquizofrenia, segundo o especialista, podem levar o indivíduo a cometer suicídio. “O suicídio é uma causa de morte multideterminada, ou seja, há muitas causas ou fatores que podem interferir, e não uma causa única. O que sabemos é que em mais de 90% dos suicidas há a presença de algum transtorno mental, sendo que os três mais frequentes são a depressão, o alcoolismo e a esquizofrenia. Portanto, um bom tratamento de doenças mentais é a melhor forma de prevenir e reduzir os suicídios”, esclarece José Manoel.

Como o suicídio não acontece até os cinco anos e até os 10 é muito raro, o psiquiatra alerta que essa ação começa a ser mais frequente somente a partir dos 14 anos. “E também entre esses jovens, os principais fatores de risco são os transtornos mentais. Existe um grande número de jovens deprimidos que já tomam bebidas alcoólicas de forma abusiva e usam drogas. O tratamento desses jovens é justamente a maneira mais eficaz de reduzir a taxa de suicídios. Outra questão é falar sobre seu sofrimento, pois todo indivíduo que tenta ou comete suicídio é alguém que sofre. Um sofrimento, aliás, que muitas vezes é ignorado pelas pessoas mais próximas, apesar dos sinais. Uma forma de tratar isso é nos colocarmos à disposição do que os incomoda”, completa o especialista.

Fonte:Jornal da manhã

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