segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Preferência parental em relação aos filhos pode favorecer uso de álcool e outras drogas, diz análise

O favoritismo na criação de filhos é tema de um estudo divulgado recentemente no Journal of Psychology. Adolescentes de 282 famílias foram observados pela Universidade americana Brigham Young,  que analisou o tratamento preferencial percebido em diversos tipos de dinâmica familiar. 

Em famílias que não percebem as preferências destinadas a um dos filhos, as crianças desfavorecidas – ou seja, aquelas que não recebem o mesmo afeto e apoio dedicados aos irmãos – são quase duas vezes mais propensas ao uso de álcool, cigarros e outras drogas. Se o tratamento preferencial é considerado dramático, a criança menos favorecida é mais propensa a usar uma destas substâncias em até 3,5 vezes ao longo da vida. 

O estudo também destaca e explica como se pode apontar e chegar ao filho eleito preferido em detrimento dos outros. Não se trata exclusivamente dos pais perceberem se tratam os filhos de forma diferenciada; mas, principalmente, como os filhos percebem isso. Nesse sentido, nem sempre o tratamento diferenciado incitará o uso de drogas nos filhos, mas sim a percepção dos filhos em relação ao olhar dos pais. 


O que os pais devem fazer? 

O estudo indica alguns comportamentos a serem adotados pelos pais que queiram minimizar ou prevenir esse tipo de problema no crescimento dos filhos.  Mais calor, atenção e afeto do que conflitos, por exemplo, ajudam na convivência entre pais e filhos – quando distribuídos na mesma proporção. 

De acordo com a pesquisa, não existe ligação entre o uso de substâncias e favoritismo entre as famílias que têm um forte interesse um pelo outro. Nesse sentido, observar o que cada um de seus filhos estão tentando construir em sua identidade também é importante. Portanto, a valorização e o respeito quanto ao que os filhos veem de suas identidades ajuda-os a sentirem-se amados. 


Cenário nacional

Até o ano de 2010, no Brasil, houve diminuição de 49,5% no uso de drogas ilícitas entre estudantes da rede pública do país. 

Em relação ao uso de álcool por jovens estudantes, o consumo diminuiu para 44,1% na comparação com o levantamento realizado em 2004, que foi de 63,3%. Já o uso de tabaco, em 2010, foi de 9,8% - enquanto que, na pesquisa anterior, o número chegou a 15,7%. O levantamento foi realizado com 50.980 estudantes.

Esses e outros dados podem ser encontrados no VI Levantamento Nacional sobre o Consumo de Drogas entre Estudantes do Ensino Fundamental e Médio da Rede Pública e Privada nas Capitais Brasileiras, concluído em 2010. Para visualizá-lo, acesse: http://www.obid.senad.gov.br/portais/OBID/biblioteca/documentos/Publicacoes/328890.pdf 

Testes sobre o uso de álcool

Também para ajudar os pais a diagnosticarem o nível de uso de álcool pelos filhos, o Portal do Obid disponibiliza dois testes capazes de apontar indicadores que ajudarão na busca por um profissional de saúde. Acesse o menu superior do Portal e clique na opção “Diagnósticos”.


Fonte: Medical News Today, com adaptações e inclusões de dados.

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